terça-feira, 7 de abril de 2009

"Barack Obama reveals vision for world without nuclear weapons" (Times, 06.04.09)

Pois bem, aí está ele. O "salvador", assim é para muitos, faz jus às múltiplas nomeações que colecciona (e bem) no mundo da heroificação.
E se muitos invocam quase biblicamente este "Cristo negro", seguindo as suas caminhadas no mundo do discurso com a lágrima no canto do olho, mais certo é que essa alcunha é completamente seca de conotações racistas. Veja-se a orientação de Obama, para já de lançada justeza, num intento sério de aproximação do mundo entre si mesmo. É por demais evidente o esforço de junção das peças do globo-puzzle que (só!) desde sempre têm andado bem perdidinhas. Mas se não é mentira que “mr. President” tenta pôr termo a este tabuleiro de jogo e tenciona acabar com as equipas, gozando o apito de árbitro que o seu país lhe elegeu, verídico é também o que consta na história mundial recente: falamos de uma super-potência que dita a paz mundo fora e impõe o fim das cogitadas e “nucleares” guerras, sem que, ironicamente, a vida do seu arsenal bélico seja posta em causa. No fundo, como num letreiro, curto e explícito: “em favor da paz, pedimos-lhe o favor de largar as armas, caso contrário arriscam-se a que vos rebentemos os miolos...Obrigado.”.
Ora, entre a (pre)visão de anjo da paz, qual “satyagraha” de Gandhi, e a outra do conto do vigário, prefiro acreditar, não fosse um optimista por natureza, que Mr. Obama tenta lavar (leia-se disfarçar) a porca cara dos EUA e do Mundo.

Que Ele desça dos céus e a Terra se lave. Mas que a chuva não descubra novos-tolos, assim espero.

2 comentários:

MAIZumBLOG disse...

Barack Obama? quem? desconheço... ai espera é aquele senhor que vende ideas lindas de uma América pelo mundo e nao contra ele? aquele que vende ideas de mudança? assim já sei quem é...que voz tão bonita! se calhar vou votar nele...só pela voz e por usar muitas vezes a palavra mudança...

André Alves disse...

Boas!

Já a história nos conta desde a Primeira Guerra Mundial a intenção dos Estados Unidos para o resto do mundo. Sem motivos aparentes convidou-se a entrar numa guerra que nada os envolvia. Desde aí aproveitou sempre a fragilidade e a ingenuidade dos outros países no pós-guerra para os endividar e torna-los dependentes do Tio Sam até chegar ao ponto que nós constatamos na actualidade. Sem entrar em conspirações do 11 de Setembro ( em que acredito), a verdade é que a América conseguiu criar um monopólio mundial indestrutível, fazendo do Presidente dos Estados Unidos o homem mais poderoso do mundo que por sua vez carrega o cargo mais responsável deixado pela sua herança histórica.

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Obama querendo ou não, estará sempre dependente dos erros do passado do seu país. Além disso como nós todos sabemos quem manda na América são as empresas e são elas que muitas vezes condicionam a decisão de um Presidente. Obama até poderia acabar com essa imagem mas há coisas que estão demasiado enraizadas (capitalismo, monopólios e lobies). O objectivo do presidente neste momento é acabar com a ideia que todo o mundo tem de uma América arrogante e imperialista, criando uma maior transparência. A meu ver é um óptimo começo. Algo que George W Bush nunca se preocupou.

Cumprimentos